
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O MEU CASAMENTO ACABOU
O telefone tocou. Depois de atender e conversar por alguns segundos, pude perceber que a pessoa do outro lado da linha estava desanimada, desiludida e desesperada. Uma voz tremula pronunciou as seguintes palavras: não aguento mais! Vou separar-me. Com dois filhos e um casamento de dez anos, meu interlocutor estava "a baixar os braços". Mais uma vez a história repetia-se. E cada vez com maior incidência.
Tentamos por alguns meses salvar aquele casamento. Com tristeza, porém, esse foi um caso devido a constante infidelidade e a um não arrependimento, não houve possibilidade de restauração.
O que você diria e faria, se estivesse em meu lugar e tivesse casos como esse em suas mãos?
Confesso que há momentos em que, olhando para a situação, só tenho uma atitude: "Senhor, tem misericórdia!". Cada caso é um caso e há situações tão "embaraçadas" que somente o Espírito Santo pode nos dirigir e orientar. Após, algum tempo de aconselhamento, não chegávamos a lugar nenhum. Somente um dos cônjuges lutava para salvar o casamento enquanto o outro afastava-se cada vez mais. A situação tornou-se então insustentável! Buscando ao Senhor em oração, pude passar àquela pessoa algumas orientações de ordem prática, porém, a separação foi inevitável. Situações como essas, também produzem desgaste, tristeza e frustração ao conselheiro. Você, querido leitor, poderia ser a pessoa do outro lado da linha! Gostaria então, daqui para frente, de dirigir-me a si que está percorrendo o árduo caminho da separação. A experiência do divórcio é encarada diferentemente por cada pessoa, dependendo da idade, crise de identidade, capacidade de lidar com o assunto, relacionamento com o Senhor, etc..
É quase impossível alguém estar preparado para uma situação dessas. Relacionamentos e sentimentos mudam inesperadamente e a vida torna-se mais "enrolada" devido à complicações legais, traumas emocionais, reviravoltas económicas, luta por uma nova identidade e auto-estima. Muitas vezes, recebe-se diferentes e confusas influências de filhos, familiares e amigos.
Se você está a atravessar esse difícil momento, há-de concordar comigo. Caso esteja a pensar em divorciar-se, ore e avalie cuidadosamente o alto preço a pagar e as implicações de tal medida. Você e seu cônjuge poderiam canalizar toda essa energia na restauração de seu casamento. Esse é o desejo de Deus... mas a decisão cabe aos dois!
Embora não se chegue a morrer devido a um divórcio, é bem provável que o recém-divorciado passe a questionar a validade de continuar vivendo. Apesar do desânimo natural da situação, é necessário continuar. Tendo em vista preparar o caminho a seguir, gostaria de chamar a atenção para algumas áreas que possivelmente irão passar por mudanças muito dolorosas:
1. Relacionamento com a família;
2. Relacionamento com amigos;
3. Solidão;
4. Saúde física.
Mas lembre-se o importante de tudo e a sua felicidade
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